Quem não tem cão, caça com gato - sobre uma semana inteira de compromissos musicais sem meu instrumento principal
Sempre fui o tipo de tecladista que tem um instrumento principal, "pau pra toda obra", muito usado em shows, ensaios, gravações etc. por aí, e outros instrumentos auxiliares, que ficam mais em casa, no home studio, mas que podem vir a serem usados nos palcos quando necessário. Quando acontece algo errado com o instrumento principal, tenho os reservas - e os mesmos foram muito usados durante toda a semana passada, entre 31 de agosto e 8 de setembro.
O que aconteceu antes disso foi que, durante um ensaio, meu instrumento principal, um Yamaha MX61, apresentou um problema estranho em três teclas: se eu as tocasse numa determinada ordem, segurando todas, apenas a primeira tecla tocada soava. As demais ficavam presas e só soavam (a todo volume) quando eu soltava a primeira. E o mais esquisito: se eu tocasse essas mesmas teclas na ordem inversa, estava tudo certo, como deveria ser. Então, prevendo que poderia ter acontecido algum problema interno no instrumento, imediatamente procedi com a assistência técnica autorizada daqui da região, no dia 29 de agosto - dois dias antes de toda essa série de compromissos. O instrumento está lá até hoje, sem qualquer previsão de volta - não conseguiram encontrar nenhum defeito físico, o que dá outras duas possibilidades: pode ter sido falha elétrica ou então o software está com algum bug (sim, instrumentos musicais eletrônicos modernos tem sistema operacional, como qualquer PC, celular, tablet e afins). Se for o software, a solução é simples: basta restaurar para a versão original de fábrica do instrumento e fazer uma nova atualização depois. Mas se for pane elétrica, não haverá muito o que fazer, a não ser trocar de instrumento - o que é inviável neste momento, financeiramente falando.
Devido a tudo isso, tive que cumprir com a grande agenda de compromissos com bandas usando outros instrumentos. A começar no dia 31 de agosto, quando tive um show da banda Lucky Scar no Rock'n'Roll Bar, em Novo Hamburgo-RS.
O que aconteceu antes disso foi que, durante um ensaio, meu instrumento principal, um Yamaha MX61, apresentou um problema estranho em três teclas: se eu as tocasse numa determinada ordem, segurando todas, apenas a primeira tecla tocada soava. As demais ficavam presas e só soavam (a todo volume) quando eu soltava a primeira. E o mais esquisito: se eu tocasse essas mesmas teclas na ordem inversa, estava tudo certo, como deveria ser. Então, prevendo que poderia ter acontecido algum problema interno no instrumento, imediatamente procedi com a assistência técnica autorizada daqui da região, no dia 29 de agosto - dois dias antes de toda essa série de compromissos. O instrumento está lá até hoje, sem qualquer previsão de volta - não conseguiram encontrar nenhum defeito físico, o que dá outras duas possibilidades: pode ter sido falha elétrica ou então o software está com algum bug (sim, instrumentos musicais eletrônicos modernos tem sistema operacional, como qualquer PC, celular, tablet e afins). Se for o software, a solução é simples: basta restaurar para a versão original de fábrica do instrumento e fazer uma nova atualização depois. Mas se for pane elétrica, não haverá muito o que fazer, a não ser trocar de instrumento - o que é inviável neste momento, financeiramente falando.
Devido a tudo isso, tive que cumprir com a grande agenda de compromissos com bandas usando outros instrumentos. A começar no dia 31 de agosto, quando tive um show da banda Lucky Scar no Rock'n'Roll Bar, em Novo Hamburgo-RS.
Nos shows dessa banda quase sempre uso apenas meu Yamaha MX61, que já me fornece todos os sons necessários. Nesse show, tive que usar dois teclados: Yamaha PSR-E453 para sons de piano e reed organ; Korg KingKORG para sons de órgão e sintetizador. Tive mais trabalho para levar todo o equipamento, pois o espaço para carona com um colega de banda se reduziu bastante e tive que me confinar num cantinho, tanto na ida quanto na volta.
Já no dia 3 de setembro tive gravação de videoclipe com a banda A Rud.
Já no dia 3 de setembro tive gravação de videoclipe com a banda A Rud.
Nesse caso foi mais tranquilo, pois tive todos os sons necessários apenas no Korg KingKORG: órgão e piano tipo "Korg M1". O que deu mais trabalho aí foi o fato de a gravação ter ido noite adentro, terminando quase à uma da manhã do dia seguinte, mas deu tudo certo. Aqui o Yamaha MX61 não fez tanta falta, se for pensar bem.
Aí veio um show da Friday Lovers no Art & Bar, em Porto Alegre-RS, no dia 5 de setembro.
Aí veio um show da Friday Lovers no Art & Bar, em Porto Alegre-RS, no dia 5 de setembro.
Esse aqui foi um caso super complicado, pois eu tinha feito toda a programação do show, seguindo o set list, no Yamaha MX61, e tive que repetir tudo no Yamaha PSR-E453, música por música, timbre por timbre - e não consegui chegar a um resultado 100% igual pela própria disparidade de categorias de instrumentos: enquanto o MX61 é um sintetizador programável, o PSR-E453 é um arranjador médio. Passei toda a noite anterior inteira programando o PSR-E453 para o show - e ainda assim algumas coisas ficaram faltando (o que resolvi, em parte, na passagem de som). No MX61 eu tinha dado nomes às programações para ficar fácil localizá-las conforme o set list; no PSR-E453 fui obrigado a memorizar cada registro de cada banco, pois só consta como "Bank 1 - Registration 1" etc. Rezei internamente para que a banda não mudasse a ordem das músicas - o que felizmente não aconteceu, pois se acontecesse, eu estaria sem saber o que fazer na hora...
Já no dia 6 de setembro teve ensaio da banda Instinto Roots, na casa do vocalista.
Já no dia 6 de setembro teve ensaio da banda Instinto Roots, na casa do vocalista.
Aqui, mais uma vez, bastou o Korg KingKORG para passar as músicas - porém, uma música específica requer uso de trilhas, o que, dentre os meus atuais instrumentos, só o Yamaha MX61 fornece. Tive que ensaiá-la apenas com piano, a fim de marcar o que fosse necessário - execução vazia, faltando muita coisa, mas não tive escolha.
Haveria show da Instinto Roots no dia 7 de setembro - como era ao ar livre e tinha previsão de chuva, o mesmo foi adiado. Então, tirei o dia de folga. Mas no dia 8 já tive novo show com a Lucky Scar, na Toca do Ogro, em Porto Alegre-RS.
Haveria show da Instinto Roots no dia 7 de setembro - como era ao ar livre e tinha previsão de chuva, o mesmo foi adiado. Então, tirei o dia de folga. Mas no dia 8 já tive novo show com a Lucky Scar, na Toca do Ogro, em Porto Alegre-RS.
Aqui foi o mesmo caso de 31 de agosto: Yamaha PSR-E453 para piano e reed organ, Korg KingKORG para órgão e synth. Porém, aqui a carona foi mais espaçosa e o som do palco foi melhor (embora muito, muito alto - terminei o show praticamente surdo).
Terminei a semana exausto, mas com a sensação de ter vencido a barreira da ausência do meu principal instrumento.
Toda essa lista de compromissos com bandas sem poder contar com meu Yamaha MX61, tendo que me virar nos trinta para conseguir chegar a um nível aproximado de sons e performance, me serviu como uma lição: não se deve jogar tudo em apenas um instrumento, esquecendo dos demais. Não fosse minha habilidade de programação de instrumentos, nem sei se eu conseguiria cumprir com toda essa agenda - eu provavelmente teria desfalcado duas ou três bandas, perdido cachês fundamentais e manchado minha reputação como tecladista.
Agora já sei que, por mais que o Yamaha MX61 ainda seja meu instrumento principal, preciso deixar os demais preparados também, caso aconteça de novo. Assim evitarei muitas dores de cabeça e noites mal dormidas - como tive várias durante essa semana citada.
Não basta apenas ter os instrumentos. É preciso prepará-los, e isso pode tomar bastante tempo. Mas uma vez preparados, é só alegria...
Terminei a semana exausto, mas com a sensação de ter vencido a barreira da ausência do meu principal instrumento.
Toda essa lista de compromissos com bandas sem poder contar com meu Yamaha MX61, tendo que me virar nos trinta para conseguir chegar a um nível aproximado de sons e performance, me serviu como uma lição: não se deve jogar tudo em apenas um instrumento, esquecendo dos demais. Não fosse minha habilidade de programação de instrumentos, nem sei se eu conseguiria cumprir com toda essa agenda - eu provavelmente teria desfalcado duas ou três bandas, perdido cachês fundamentais e manchado minha reputação como tecladista.
Agora já sei que, por mais que o Yamaha MX61 ainda seja meu instrumento principal, preciso deixar os demais preparados também, caso aconteça de novo. Assim evitarei muitas dores de cabeça e noites mal dormidas - como tive várias durante essa semana citada.
Não basta apenas ter os instrumentos. É preciso prepará-los, e isso pode tomar bastante tempo. Mas uma vez preparados, é só alegria...
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