"Sabe-se lá quando nos veremos novamente... se for o caso..."



Ao ler o título acima, provavelmente deu a entender que eu estaria me despedindo ou algo do tipo, confere? Bom... Até que poderia ser, no caso de um dia eu decidir morar em outro Estado ou país, por algum motivo. A frase se aplicaria perfeitamente. Mas esse não é o assunto do texto.
O título é uma tradução livre em português de um breve trecho de uma belíssima canção, chamada "Time", de um certo The Alan Parsons Project. "Eita!... Que raios é isso?!...", alguns devem estar se perguntando. É difícil explicar em detalhes. Só sei que, há não muito tempo, virei fã desses caras. E, aliás, essa canção deles, que uma vez tocou na Continental FM enquanto eu estava num passeio de carro com meus pais lá pelos idos de 2013, foi meu primeiro passo rumo à busca incessante de seus álbuns, coletâneas etc.. (N. do A.: o trecho original em inglês é "(...) who knows when we shall meet again... if ever (...)")
Mas a pergunta ainda insiste em não calar: o que é esse tal de The Alan Parsons Project? Como falei acima e repetirei, é difícil explicar em detalhes. Mas posso dar uma ideia mais ou menos assim: imaginem uma "entidade musical" que abrangeu muitas pessoas. Em outras palavras: era tipo uma banda, porém sem formação fixa, exceto pelos fundadores, Eric Woolfson (que infelizmente nos deixou em 2009) e Alan Parsons. Por ali passaram os mais diversos membros possíveis e imagináveis, e o grupo jamais subiu aos palcos, pois se tratava de trabalho exclusivo em estúdio. Aliás, pouco se vê seus rostos nas capas dos álbuns - posso dizer quase nunca. A razão? Porque o foco desse trabalho era estritamente musical. Acredito que a ideia era focar na música, não mostrar caras e bocas.
Dando mais uma pesquisada, descobri que esse grupo, ou banda, ou, como falei ali em cima, essa "entidade musical" existiu entre 1975 e 1990. Pensei comigo: "ah, que pena que acabou há tanto tempo, bem que poderiam ter continuado...". Fiquei imaginando como seria um álbum atual desses caras, com tecnologia e músicos de hoje, mas mantendo o mesmo espírito original.
E não é que aconteceu?
Saiu um registro AO VIVO em 2016! Não como "The Alan Parsons Project", mas como "The Alan Parsons Symphonic Project", e me parece que o nome do álbum é "Live in Colombia". Quando descobri essa notícia, fiquei louco... Fui atrás de algum trecho desse show (nesse caso a palavra "show" soa muito simplista - prefiro dizer "concerto") no YouTube, só para matar a curiosidade e ver como soavam aquelas canções ao vivo. E o que vi foi muito mais que isso... Foi um jogo de sons, luzes, estilos, climas, atmosferas, que já me deixou com água na boca para conseguir o Blu-Ray desse espetáculo. Não sei se isso chegou a ser lançado por aqui, mas não importa - digo, importo sim, se for o caso, pois não quero perder a chance de assistir a essa maravilha completa no conforto da minha casa, mesmo que eu precise pagar em dólares ou euros. Assistir em tela grande e com alto e bom som, nada de telinha pequena e alto-falante de telefone. Pois uma obra dessas ao vivo não pede menos que o máximo de qualidade.

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