Fazendo sucesso com um set de instrumentos quase totalmente "made in Brazil"

Aí está uma foto bem antiga, de janeiro de 2010, durante um show da banda BettyFull no Opinião, em Porto Alegre-RS - lembro bem que a banda vivia nos palcos, era show atrás de show, às vezes de um lado a outro do RS. E também sei que, nesse e em outros shows na mesma época, haviam dois instrumentos nacionais no meu set: um órgão Tokai TX-5 dsPLUS e um dos poucos exemplares do sintetizador Labolida nano1. Numa época onde a grande maioria dos tecladistas profissionais usava Motif, eu chegava lá com instrumentos "made in Brazil". Que coisa, hein? E dava certo.
O outro teclado ali era um Korg N264 - instrumento do final dos anos 90, que muita gente desprezava só porque ainda tinha disk drive (!!!), mas que eu curtia pra caramba, por ter um som denso, pesado, e ainda contar com memória permanente - em geral, os instrumentos fabricados naquele tempo tinham memória volátil. Alguns olhavam feio para o meu set, mas o que importava era que eu fazia meu som e pronto. E assim levo a coisa até hoje: faço meu trabalho, não importando quais instrumentos estão na minha frente. E, mesmo sendo minha atividade profissional, ainda assim me divirto pacas...

Quando se trata de instrumentos musicais eletrônicos, a simplicidade é meu lema. Não sou muito de teclados com painel de Boeing 747 não... Gosto de pensar no som, e nada melhor que painéis simples e funcionais. Assim, fica muito tranquilo trabalhar. A propósito, quando eu for fazer as próximas atualizações no meu set, a simplicidade seguirá sendo levada em consideração - assim mantenho minha mente focada no trabalho musical, não em como chegar até a função tal, navegando por "n" menus e tendo que apertar uns "trocentos" botões. Na época dessa foto já era assim; hoje, mais ainda. Porque quero é tocar, não perder meu tempo.

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