Retrospectiva 2022

Está chegando ao fim um ano que, para mim, foi cheio de aprendizados. Batalhei muito, passei sufoco várias vezes, mas, ao mesmo tempo, esse caminho foi tão belo que eu seria capaz de fazer tudo de novo...

A agenda de 2022 foi lotada já desde o início do ano. Talvez eu não tivesse tantos shows no começo, mas tive MUITOS ensaios; os shows vieram mais adiante, e foram vários, com diversas bandas. Aliás, falando nisso, houveram estreias, despedidas, continuidades... Foi um ano no qual basicamente não parei em casa, pois passei a maior parte do mesmo ora ensaiando em estúdio, ora tocando em palco. Não vou entrar em mínimos detalhes, mas posso dizer que foi um ano repleto de atividades. Meu maior aprendizado foi saber escolher bem aquilo que vou usar no dia-a-dia como músico, evitando excessos e sendo o mais ágil possível.

Outra coisa que também fiz em 2022 foi um recital de piano. Sei lá quando foi a última vez que fiz isso na vida... Esse recital, em especial, foi o que me deu a maior curva de aprendizado, em se tratando não apenas de técnica pianística, mas também de interpretação, de sentir a música. Não apenas o recital, mas todas as aulas de piano que tive antes e depois do mesmo - tudo isso me ajudou, e vem me ajudando até agora, a recuperar a técnica pianística, a destravar meus dedos, e a acabar com certos "vícios de tecladista" enquanto eu tocava. Dá trabalho? Horrores. Mas é assim que funciona. Passei mais de vinte anos sem estudar piano e, de repente, me vi tocando num recital! Vi que estou aos poucos voltando a ser pianista de concerto.

E também vi que esses dois mundos não são opostos - muito longe disso. O estudo do piano erudito tem me ajudado muito na parte das bandas também.

Minha produção caseira de música instrumental também deslanchou esse ano: foram quatro álbuns, três coletâneas e dois EPs, tudo num intervalo de onze meses. Qual meu aprendizado aí? A ser eficiente na hora de fazer a própria música, com foco e objetividade.

O que esperar de 2023? Boa pergunta... O ano ainda nem começou. Mas seguirei fazendo aquilo que me fez ser o que sou hoje: usar a música para fazer as pessoas felizes, muito mais do que apenas seguir carreira musical. Que venha 2023!