(fonte)
Há muito tempo atrás, lá por volta de 2005/6, quando eu participava de forma bem ativa do antigo Fórum CifraClub, em especial na parte de piano/teclado, vi que alguém tinha iniciado um trabalho com uma banda local - coisa bem comum, diga-se de passagem, para tecladistas ainda em início de carreira. A banda em questão faria sua estreia ao vivo. Essa mesma pessoa abriu lá um tópico cujo título era uma pergunta, não necessariamente com essas palavras:
"Tocar com PSR é vergonha?"
Houveram muitas respostas, dizendo que não, que isso não tinha nada a ver, que o importante era fazer um trabalho bem feito no palco, coisas nesse sentido. Claro, como todo fórum que se preze, sempre tem aquelas vozes antagônicas, mas, no geral, a grande maioria das mensagens postadas era de apoio ao autor do tópico, para que ele fizesse um bom show e tudo mais. Lembro até de uma resposta bem curiosa - de novo, não necessariamente com essas palavras:
"(...) a pior vergonha é roubar e não poder carregar."
Boom.
Aquela resposta ali, mais do que qualquer outra postada, foi, a meu ver, a prova definitiva de que não é nenhuma vergonha estar no palco com um ou mais instrumentos básicos, contanto que o trabalho seja bem feito. Já vi muitos tecladistas ao vivo com PSR, CTK e afins, debulhando o(s) instrumento(s), fazendo e acontecendo musicalmente, assim como também vi outros com equipamentos caríssimos que mal faziam um acordezinho aqui, uma caminha ali, um barulhinho acolá (isso para mim é a legítima vergonha - gastar uma fortuna num instrumento só para sair bem na foto). É aquele negócio: ninguém será melhor motorista só por ter uma BMW na garagem. Não é o preço do instrumento que determina a competência e a qualidade de um músico.
(fonte)
Se você leitor(a) for tecladista e sofre porque o pessoal fica desdenhando do(s) seu(s) instrumento(s) só por não ser(em) aquele(s) da moda, é o seguinte: ignore-os. Monte seu equipamento no palco, faça seu trabalho, dê seu melhor e pronto. Você terá a resposta na forma de muitos aplausos - e calará a boca de quem chacoteia seu set. Quem escolhe seu(s) instrumento(s) é você, não eles.
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