2005-2008, a "era ACADEF" - um período de gente muito especial...



Durante um bom tempo, entre 1996/7 e 2004, participei de um grupo que até hoje me dá muitas recordações: o Grupo Minueto. O mesmo encerrou suas atividades no final de 2004, mas isso não significa que tudo acabou: o que aconteceu foi que houve uma transformação muito especial, e o foco do então passou a ser o de levar a arte àqueles que mais necessitavam de cuidados especiais.
No dia 2 de abril de 2005, o Grupo Minueto se tornou o Grupo Artístico da Associação Canoense de Deficientes Físicos (ACADEF), como uma parceria da instituição com o Centro de Artes Legato.
No começo, o grupo era relativamente pequeno. Uma banda de quatro membros - bateria, baixo, piano/teclado, metalofone (instrumento de percussão cromática similar ao xilofone, mas com placas de metal) - mais um grupo de cantores, entre estudantes universitários, membros da própria ACADEF, alunos de música e seus pais, dentre outros, coordenado pela Prof. Renata Flores da Silva. Tudo surgiu como uma experiência para ver se a integração entre portadores e não-portadores de necessidades especiais através da música e das artes em geral funcionaria; a experiência deu tão certo, mas tão certo, que pouco tempo depois o Grupo Artístico da ACADEF já estava se apresentando em vários locais.

Matéria do Diário de Canoas do dia 23 de maio de 2005 falando sobre o Grupo Artístico da ACADEF
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Todos podiam participar do grupo; bastava preencher um formulário de inscrição e tirar uma foto (para obter um crachá). O negócio era tão agregador, tão inclusivo, que chegou a ganhar um slogan: "Seja bem vindo!".

Eu e o metalofonista Anderson Styrnik em 2005

A banda do Grupo da ACADEF em 2005

A banda do Grupo da ACADEF em 2006

Foto de 2006 - ao fundo, equipe de cantoras

Ensaiando com o grupo em dezembro de 2007

A banda do Grupo da ACADEF em agosto de 2008

Esse trabalho em parceria com a ACADEF durou até o final de 2008. Foram quase três anos de muito aprendizado, eu diria; aprendi, através desse trabalho, que a música não considera diferenças, não respeita tabus, enfim, que quebra barreiras. Eu, a Prof. Renata e todo o pessoal envolvido levamos a arte muito mais longe - muito além do que poderíamos imaginar.

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