Houve uma certa época dourada em minha juventude. Foi um tempo no qual minha carreira profissional ainda estava germinando, e também foi um período de altos níveis de musicalidade junto com um grupo de amigos que vinham convivendo haviam anos. Ah... Quanto samba, quanta bossa nova, quanta MPB... Tudo feito com harmonia e alegria, a fim de conquistar o coração de cada um na plateia, sendo um grupo de gente jovem que recordava velhos tempos da música nacional.
Esse grupo em questão ainda me deixa com uma forte nostalgia... Não à toa, várias vezes passa em minha mente um filme com momentos especiais daquelas apresentações, e em certos casos, a saudade é tanta que me dá vontade de chorar... Mas enfim, foram anos maravilhosos, de um tempo longínquo, para o qual fico pensando que legal seria se fosse possível voltar. Mas, como o tempo nunca volta, então o que me resta é escrever essas memórias - ou o que ainda restar das mesmas, já que a idade avança, e, com isso, certos momentos do passado acabam se perdendo no subconsciente.
Venho falar do Grupo Minueto, daqui de Canoas-RS, no qual fui pianista/tecladista lá pelos meus 20 anos (hoje tenho 35, quase 36 - olha quanto tempo...). Foi um dos meus primeiros trabalhos como músico profissional, mas, acima de tudo, foi uma era de pessoas unidas e afinadas na arte e na amizade - éramos uma verdadeira família musical!
Esse grupo em questão ainda me deixa com uma forte nostalgia... Não à toa, várias vezes passa em minha mente um filme com momentos especiais daquelas apresentações, e em certos casos, a saudade é tanta que me dá vontade de chorar... Mas enfim, foram anos maravilhosos, de um tempo longínquo, para o qual fico pensando que legal seria se fosse possível voltar. Mas, como o tempo nunca volta, então o que me resta é escrever essas memórias - ou o que ainda restar das mesmas, já que a idade avança, e, com isso, certos momentos do passado acabam se perdendo no subconsciente.
Venho falar do Grupo Minueto, daqui de Canoas-RS, no qual fui pianista/tecladista lá pelos meus 20 anos (hoje tenho 35, quase 36 - olha quanto tempo...). Foi um dos meus primeiros trabalhos como músico profissional, mas, acima de tudo, foi uma era de pessoas unidas e afinadas na arte e na amizade - éramos uma verdadeira família musical!
Não tenho muitas recordações dos primórdios do Grupo Minueto, a não ser que tudo deve ter se iniciado lá por 1996 ou 97 - lembro vagamente de ainda ser um pré-adolescente num nível avançado do estudo de teclado, do então Curso de Piano e Teclado da professora Renata Flores da Silva (hoje diretora na Prefeitura Municipal de Canoas-RS), prestes a voltar ao piano. Ou eu já devia ter voltado ao piano, não sei direito agora. Só sei que a professora teve uma ideia de unir os melhores alunos, a princípio de piano/teclado, num só grupo, o qual foi batizado de Grupo Minueto, provavelmente em alusão ao famoso Minueto em Sol Maior de Johann Sebastian Bach. Também lembro que o grupo tinha uma camiseta oficial:
O primeiro repertório era de arranjos de peças eruditas conhecidas, e de vez em quando ainda tinha algo de trilhas de filmes - tudo feito com piano e teclados. Então, em certo momento, o grupo também ganhou um aluno de violão, o que diversificou o repertório, incluindo também canções folclóricas e algumas baladas pop/rock. O grupo era, naquele tempo, uma forma de prática musical em conjunto.
Em 1998, o Grupo Minueto começou a ganhar cantores - e, à medida em que o tempo passava, o foco foi mudando para canto coral, o que deu origem ao Grupo Vocal Em Canto. Se não me engano, fui o único a sobrar da formação instrumental original, e meu trabalho dali em diante passou a ser de pianista acompanhador/repassador do coro. Esse grupo, por sua vez, deu origem a diversos outros trabalhos, os quais serão tema para um futuro texto. Um detalhe curioso: não apenas fui o pianista do coro, como também atuei como tenor ou barítono, quando necessário.
A partir de 1999, comecei a usar teclado arranjador para acompanhar o Grupo Vocal Em Canto - naquele tempo não havia banda de apoio (e nem condições financeiras para o grupo ter uma). Antes disso, o repertório era mais vocal mesmo, então, o piano era suficiente. Mas tudo começou a mudar, e, em dado momento, o grupo tinha um repertório formado praticamente só por canções de Noel Rosa, Lamartine Babo, dentre outros compositores nacionais da época - o que deu origem ao Musical Saudade, sobre o qual falei numa postagem anterior. Sendo que não havia banda de apoio, tive que fazer absolutamente tudo no teclado - bateria, baixo e tudo o mais. Ainda que também haviam alguns percussionistas acompanhando, mas a estrutura em si foi toda com acompanhamento automático do teclado.
Após o espetáculo, apresentado em dezembro de 2000, a necessidade de uma banda de apoio ficou muito clara. Paralelamente, muitos antigos integrantes do coro acabarem deixando o mesmo, por diversos motivos. Já em 2001, eu havia sido convidado para acompanhar um novo grupo vocal, dentro do Colégio Cristo Redentor, com outros jovens cantores, também sob o comando da professora Renata.
O tempo foi passando e, por volta de 2003, parte dos membros desse grupo vocal do Colégio Cristo Redentor se uniu a um seleto grupo de cantores do Vocal Em Canto, e, junto a isso, ganhei a companhia de um baixista e um baterista, assim, podendo voltar a tocar piano, deixando o acompanhamento automático para trás. Nascia ali um novo projeto, totalmente focado em música brasileira, e que viria a fazer muito sucesso por onde passava.
Era o novo Grupo Minueto.
Era o novo Grupo Minueto.
Segunda formaçao do Grupo Minueto + convidados antes de um espetáculo na antiga Fundação Cultural de Canoas
O primeiro Grupo Minueto, aquele lá de meados dos anos 90, foi formado a partir da seleção dos melhores alunos de música do curso, todos adolescentes ou pré-adolescentes na época, e funcionava como um laboratório de prática musical conjunta. Essa nova formação, de 2003, era bem mais avançada: somente os melhores instrumentistas e cantores, de todos os grupos dos quais eu havia participado até então, podiam entrar, e a rotina de ensaios era muito mais intensa. As duas formações carregavam o mesmo espírito de equipe, de "todos pela música", mas foi a segunda que, de fato, caminhou junta pela mesma causa. Foram várias apresentações, sendo uma delas no Uruguai. Todas recheadas de samba, bossa nova e MPB, que eram o foco do grupo.
O Grupo Minueto, em sua segunda formação, foi um grande exemplo de união, convivência e amor pela arte, expressos em performances impecáveis, vigorosas e cheias de energia positiva. Éramos todos jovens, em nossos vinte e poucos anos, encantando plateias por aí, fazendo o público recordar belos tempos... Muito aconteceu de, após o fim de uma apresentação, eu me questionar se tudo aquilo havia acabado mesmo - eram momentos mágicos, dos quais eu não queria mais sair...
O grupo encerrou suas atividades no final de 2004, alguns de nós perdemos contato com o tempo, mas a amizade entre todos os membros permanece desde sempre. E sim, ainda sonho em, quem sabe, no futuro, reformar o Grupo Minueto, como um trabalho independente, com o mesmo espírito artístico de outrora, com o mesmo foco em música brasileira; não sei se com a mesma formação (até porque tem gente morando em outros Estados e países), mas certamente com a mesma essência. Talvez com um adicional de canções autorais? Sei lá. Mas se isso um dia acontecer, que seja tão mágico quanto naqueles tempos...
O grupo encerrou suas atividades no final de 2004, alguns de nós perdemos contato com o tempo, mas a amizade entre todos os membros permanece desde sempre. E sim, ainda sonho em, quem sabe, no futuro, reformar o Grupo Minueto, como um trabalho independente, com o mesmo espírito artístico de outrora, com o mesmo foco em música brasileira; não sei se com a mesma formação (até porque tem gente morando em outros Estados e países), mas certamente com a mesma essência. Talvez com um adicional de canções autorais? Sei lá. Mas se isso um dia acontecer, que seja tão mágico quanto naqueles tempos...
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