Um músico, múltiplas facetas

Um tecladista que já tocou em cinco bandas ao mesmo tempo. Um pianista que voltou a estudar piano. Um compositor formado pelo Instituto de Artes da UFRGS. Um cara que faz música com teclados em casa. Um sujeito que sabe editar partituras. Quantas diferentes facetas existem dentro de mim?
Muitos músicos precisam se desdobrar em "n" funções para conseguirem se manter na ativa - e sou um desses. Quando não estou fazendo uma coisa, estou fazendo outra, ou outra, ou outra. Nunca paro. Já me acostumei com esse ritmo, e mesmo nesse período sem atividades de palco em função do vírus e tal, ainda assim nunca paro. Ou estou treinando piano, ou estou compondo, ou estou ensaiando com banda, ou estou editando partituras, enfim, é minha forma de me manter sempre ativo. E, mesmo quando não exerço nenhuma atividade musical propriamente dita, ainda assim ouço música. Pois, se fico muito tempo parado e em silêncio, começo a me sentir péssimo, com muito tédio, sem saber o que fazer, é horrível. Para muita gente, música é diversão, mas para mim, é minha própria vida. Se não fosse pela música, eu possivelmente nem saberia como viver... Parece exagero, mas é muito, muito real...
Só nesses últimos dias, já fiz cinco novos vídeos para o meu canal no YouTube (contando apenas os "oficiais"), tive várias aulas de piano com um renomado professor (Eduardo Knob, pianista do coro da OSPA), ensaiei diversas vezes com a banda Instinto Roots, editei um bocado das minhas antigas composições em formato de partituras para piano solo, dentre diversas outras tarefas. Simplesmente não consigo ficar só olhando o tempo passar - quero fazer tudo o que estiver ao meu alcance, e isso muitas vezes me faz ficar trancado no meu home studio por horas a fio, em casos mais extremos de manhã cedo até tarde da noite. E acredito que muitos colegas de profissão também passam por essas e muitas outras situações - coisa de mentes criativas demais para um mundo tão "quadrado".
Acho que sou um dos vários casos de músicos hiperativos e hiperconcentrados por aí... E me vejo andando por uma série de diferentes caminhos, tudo dentro da mesma área. Daqui a pouco mais a tendência é eu também abraçar as funções de professor de piano e teclado, compositor de trilhas e jingles, dentre uma infinidade de outras. Afinal, se for observar bem, música não é só tocar e/ou cantar, né? Tem que se virar nos trinta mesmo... É assim que funciona.

Comentários