Já faz um certo tempo que venho trabalhando bastante nessa parte de composição, produção e arranjo - sendo mais exato, desde 2002. Mas só recentemente, com o advento da pandemia, que, sem compromissos com banda e estando mais tempo em casa, enfatizei mais esse trabalho e, desde o final de 2020, quando consegui entrar nas plataformas digitais, venho lançando uma vasta quantidade de material - até agora seis álbuns (e um por lançar), seis coletâneas (e uma por lançar), três EPs (e um por lançar) e mais de setenta singles (com vários ainda a serem lançados). Posso dizer que a pandemia despertou em mim esse lado autoral e hoje já não vejo mais as bandas como minha única via de expressão musical, como parecia ser antes.
Dito isto, quero comentar que muitas dessas minhas composições carregam certas memórias. Várias foram inspiradas em temas, situações, ou mesmo outras músicas que devo ter ouvido em algum momento (cuidando para não cometer plágio, claro - aí não é mais inspiração, é mera cópia); outras tem histórias sobre suas próprias gravações; outras me trouxeram lembranças após terem sido gravadas etc.. Enfim, claro que não citarei todas, pois esse texto viraria um livro, mas quero falar sobre algumas das quais me lembro bem das circunstâncias. Talvez eu não tenha uma memória muito precisa, mas tudo o que eu colocar aqui realmente aconteceu.
Essa é uma música que surgiu de forma bem curiosa: tempos antes (deve ter sido em 2016 ou no começo de 2017 - agora não lembro bem) eu havia feito um clipe curto de demonstração de um famoso SoundFont, Fluid R3, para mostrar a um conhecido meu durante um chat. No tal vídeo, fiz uma simples progressão harmônica com os acordes Dm, F e Am. O negócio foi que essa progressão ficou na minha cabeça desde aquele momento e, de repente, eu estava compondo a música (naquele tempo eu não usava caderno pautado, como faço hoje; eu simplesmente anotava as progressões num arquivo de texto e depois via o que fazer com aquilo). Não demorou muito e eu já tinha a faixa completa em mãos, com todos os seus elementos.
OK, eu tinha a música completa, mas, e o título? Pensei, pensei e então lembrei que a origem dessa música havia sido um vídeo-demo do Fluid R3, então peguei a palavra "Fluid". Porém, por algum motivo, resolvi trocar "Fluid" por "Liquid", e assim ficou. O "Visions" só coloquei para completar o título.
Quando fui montar o vídeo da música (em tempo: naquela época eu produzia e capturava os clipes ao mesmo tempo - hoje o vídeo vem depois), num primeiro momento pensei em apenas usar a performance capturada. Mas então, ao reler o título da música, logo me veio água à mente, e aí decidi capturar vários clipes representando água, desde gotas de uma torneira até uma queda d'água (chegaram a me sugerir capturar o mar também, mas não houve tempo hábil). Por causa dessa tarefa de filmagem in loco dos vários ambientes com água, o vídeo demorou bastante para ficar pronto, cerca de duas semanas, mas posso dizer que toda aquela trabalheira valeu a pena. Aproveitei para tornar o vídeo uma mensagem pela preservação da água e, desde então, tenho essa música como um dos marcos da minha carreira de compositor.
De todas as minhas composições instrumentais, essa é uma das mais antigas existentes, datando de uma época em que eu ainda postava conteúdo musical no extinto site ACIDplanet, assim como também estava começando a usar o Palco MP3 para tal. Já existe uma postagem dedicada a essa música aqui neste blog, logo, serei bem breve: até então, eu costumava experimentar com loops, pistas MIDI e gravação ao vivo numa DAW chamada ACID (ferramenta para criação musical a partir de loops, em várias versões: Screenblast ACID, ACID Music Studio, ACID Pro etc.). "Flying Away" foi minha primeira música gravada completamente ao vivo, sem loop algum, sem nem mesmo MIDI - aliás, sequer usei metrônomo (!!!) Foi tudo na mão mesmo, inclusive as partes de bateria.
É uma pena que eu só tinha um velho arquivo super comprimido dessa faixa e que, devido a isso, sua qualidade de áudio não era das melhores; e ainda por cima era mono (devido às limitações técnicas de 2007 - eu só tinha uma placa de som onboard e uma mesinha Wattsom mono de 8 canais, se não me engano). A fim de poder colocar essa música nas plataformas no ano passado, precisei restaurar o máximo que pude do som - e ainda assim não ficou com a qualidade ideal, pois o som já estava muito comprometido. De toda forma, ficou como registro histórico.
A história dessa música vem de 2017 - eu havia anotado toda sua progressão harmônica pouco após ter lançado "Liquid Visions" no YouTube, visando produzir a faixa logo em seguida. Porém, acabou que tive um monte de outros afazeres e essa progressão ficou "engavetada" por mais de ano, até que consegui achar uma brecha em 2018 para verificar na minha pasta de projetos o que eu ainda não tinha feito. Dei de cara com a progressão de "The Maze" e então decidi que era hora de finalmente tirar essa faixa do papel (ou melhor, do arquivo de texto).
Na verdade nem sei por que chamei essa música "The Maze" - é simplesmente uma ideia musical que me surgiu em 2017 e que foi produzida no ano seguinte, sem nenhum contexto real, apenas melodia, harmonia e ritmo. Mas, por alguma razão, usei esse título, e não só: tempos depois, de 2019 a 2020, surgiram mais músicas chamadas "The Maze", e todas passaram a fazer parte de uma série: "Traffic" (a "The Maze" original, de 2017/2018), "Loneliness" (a "parte 2", de 2019 - usei vocoder nessa faixa pela terceira vez, mas foi a primeira na qual as vocalizações estavam bem nítidas), "Distorted Reality" (a "parte 3", também de 2019 - essa faixa nem seria parte da série, mas, como notei várias semelhanças entre ela e as duas anteriores, no que se diz respeito a tonalidade, andamento, arpejador etc., acabou entrando no contexto) e "Paths of Death" (a "parte 4", de 2020 - uma conclusão dramática e super pesada para a série, com pegada mais próxima da EBM). O resultado foi que, do nada, eu tinha algo grande em mãos.
O que era para ser uma simples faixa se tornou meu primeiro EP - e também meu primeiro lançamento em maiores dimensões (porque até então eu só lançava músicas individuais no YouTube - eu ainda nem estava nas plataformas). O EP "The Maze" pavimentou o caminho para que, na sequência, eu passasse a trabalhar de forma mais séria com isso, o que deu origem a toda essa série de álbuns e coletâneas que viria depois.
Era dezembro de 2020 quando decidi que estava na hora de eu desenvolver meu primeiro álbum completo - e foi nesse período que comecei a usar caderno pautado para escrever minha música, assim já anotando toda a melodia e a harmonia e sabendo o que gravar depois. Eu estava tão empolgado com a ideia de gravar um álbum que jurei a mim mesmo que, passada a virada do ano, já no dia 2 de janeiro de 2021 eu começaria a gravá-lo. Promessa é dívida, então, no dia 2 de janeiro lá estava eu trabalhando com a DAW e os teclados. "Dreamlike Countenances" começou a tomar forma.
Uma curiosidade a respeito do título do álbum: eu não sabia como chamá-lo. Eu sabia que seria um álbum conceitual, inspirado no sonho de um personagem, mas não me vinha nenhum título à mente durante as gravações. Foi só após eu ter terminado tudo que decidi usar os stories do Instagram para ver que ideias de títulos poderiam surgir a partir das respostas dos seguidores - só surgiu uma, de uma das minhas irmãs, "semblantes oníricos", mas curti demais a ideia e traduzi essa expressão para o inglês; o resultado foi "Dreamlike Countenances", e assim ficou. Outra curiosidade: eu havia previsto que gravaria esse álbum durante o ano, terminando somente em dezembro; mas meu ímpeto de criar era tão forte que acabei terminando todo o processo em apenas quinze dias (!!!) Foi intenso, posso dizer.
Mas fiz todo esse preâmbulo para falar de uma faixa específica desse álbum, "A New Time Begins". Ela não teria esse título no começo, e sim "Great Times Are Coming"; porém, como lembrei que isso era o slogan de uma famosa marca de cerveja, e preocupado com os direitos de uso, mudei seu título para "A New Time Begins". Fora isso, o que mais me lembro quanto a essa música é que a compus no final de dezembro de 2020 e que a gravei e produzi bem no começo de janeiro de 2021, logo no início das sessões de "Dreamlike Countenances". Também me lembro que houveram várias versões dessa faixa, até que se chegasse à que consta no álbum - precisei incrementá-la várias vezes, tendo como último elemento um arpejador programado. Eu sentia que faltava algo ali, mas não sabia bem o que era; aí incorporei essa nova pista de arpejador e problema resolvido.
Antes desse álbum, meu principal foco de divulgação era o YouTube e, na época, eu costumava gravar e capturar tudo em vídeo ao mesmo tempo, para poder lançar o áudio e o vídeo simultaneamente, no SoundCloud e no YouTube. Porém, quando terminei de gravar a faixa "A New Time Begins", percebi que fiz todo o serviço, mas esqueci de filmar... Aí, se eu quisesse ter um vídeo da música para o YouTube, teria que regravar toda a melodia e vários outros elementos. Foi o que acabei fazendo algum tempo depois - e foi o que gerou minha nova forma de criar os vídeos das faixas: após o lançamento oficial.
Antes de falar dessa faixa, preciso falar sobre o álbum e seu contexto: "Human" foi composto como um disco conceitual inspirado no ciclo da vida humana, tentando representar em música a história de um personagem anônimo, desde seu nascimento até o momento em que ele se torna pai (ou ela se torna mãe - o gênero depende do ponto de vista do ouvinte). Aqui representei vários momentos: o nascimento ("Welcome to the World"), a amamentação ("The Greatest Love"), o momento de engatinhar ("Crawling"), a ida à escolinha ("New Friends"), os conflitos da pré-adolescência ("The Child Left Behind"), a maioridade ("Youthful Dawn") etc.. São 23 faixas no total.
De todas as músicas desse álbum, a que mais me traz várias memórias é "Landings and Flights", que representou o momento em que o personagem adquiriu sua casa ("Landings") e seu carro ("Flights"), com o dinheiro do seu trabalho (na faixa anterior, "The Needs"). Esse foi um álbum extremamente difícil de gravar e produzir, e as memórias que tenho de "Landings and Flights" são bem doloridas... Sempre que escuto a parte rápida dessa música ("Flights"), me lembro de como meus dedos, punhos e braços doíam muito naquele momento, de tanto que trabalhei. Quase chorei de tanta dor durante a gravação da tal faixa - e olha que sou dos homens mais fortes, hein... Mas eu tinha que gravar naquele momento, pois o arranjo estava totalmente nítido na minha mente e, se eu parasse, perderia a referência depois. Foi assim, na base da dor, do sofrimento e correndo o risco de contrair lesões sérias nas duas mãos devido ao enorme esforço, que gravei essa música - e, assim que a terminei, não pude fazer mais nada dali em diante, a não ser parar. A fim de me recuperar, tomei um analgésico, coloquei uma contenção no braço direito (o que mais doía - eu só tinha uma; deveria ter duas, para ambos os braços) e descansei durante o resto do dia, só retomando a função no dia seguinte, já sem dores.
Meus dedos, punhos e braços estavam em seu limite físico quando gravei essa faixa - tanto que, se você prestar muita atenção na melodia, irá notar algumas notas fora do lugar. O que ajudou foi que o teclado estava sem sensibilidade (costumo deixá-lo assim para fazer solos de sintetizador); se estivesse com sensibilidade, provavelmente haveria muita variação dinâmica decorrente das dores. No dia seguinite cheguei a cogitar regravar essa parte ou editá-la para deixar a execução mais precisa, mas no fim optei por deixá-la como estava, para representar o tamanho esforço da gravação.
Posso chamar esse álbum de "obra instantânea". Quando "Human" foi lançado, eu já tinha outro projeto em mente: um álbum mais obscuro, inspirado na morte e no pós-vida, que depois veio a ser o "Infinities...", lançado em 2022. No entanto, no mesmo período do lançamento de "Human", o mundo estava prestando atenção nos Jogos Olímpicos de Tóquio (que seriam em 2020, mas foram adiados por motivos óbvios). E eu não era exceção, pois desde pequeno adoro esse mega evento esportivo, o acompanho na TV desde Barcelona-1992. A questão é que, com minha mente de compositor, comecei a assistir aos Jogos e isso me remeteu instantaneamente a uma música muito antiga que cheguei a postar no ACIDplanet na mesma época de "Flying Away", chamada "One World, Many Faces" (título dado por outro usuário do site, não lembro do nome). Tudo o que me lembrei daquela velha música eram seus acordes básicos, C e F; aí, pensando neles, tive uma ideia de criar, a princípio, uma nova música com o mesmo título; porém, acabou que a tal "nova música com o mesmo título" virou um projeto completo de álbum, inspirado na história de um jovem que sonha com o topo do mundo e, com o tempo, torna-se atleta, tendo muitas conquistas.
O álbum tem faixas com títulos bastante sugestivos: "A Dream", "Fire in the Sky", "Run for Honor" etc.. Essa faixa específica, "One World", é a que mais me traz lembranças: eu queria dar à mesma uma sonoridade bastante percussiva, representando as culturas de vários continentes. Sei que passei um longo trabalho nessa parte, tendo que pensar não como um produtor lidando com uma DAW, mas como um grupo de percussionistas. Como simular isso? Foram necessárias várias e várias camadas de bateria e percussão, até que se chegasse ao resultado desejado. Mais adiante no álbum, o tema principal desta faixa se repete em outra, "Until the End / Mission Accomplished", representando o momento em que o atleta chega em primeiro lugar ao fim da corrida. Há uma grande diferença sonora entre "One World" e essa outra faixa, no entanto: enquanto a primeira apresenta o tema, simbolizando o personagem, com camadas percussivas, a outra usa o mesmo tema de uma forma muito mais intensa, contundente, com sonoridade fortíssima, para representar o êxtase ao chegar em primeiro lugar.
Agora o porquê de eu chamar o álbum "One World, Many Faces" de "obra instantânea": primeiro, por ser o mais curto dos álbuns, com cerca de 32 minutos de duração; segundo, porque foi uma ideia surgida de repente, enquanto eu acompanhava os Jogos Olímpicos de Tóquio na TV; terceiro, porque terminei esse álbum rapidamente, coisa de uma semana e meia. Foi um pequeno instante que gerou um dos meus trabalhos favoritos - e, recentemente, o álbum foi parar nos ouvidos de ninguém menos que VANDERLEI CORDEIRO DE LIMA, aquele maratonista que fez história em Atenas-2004. Que tal isso, hein?!
"One World" é uma faixa que, se eu fosse convidado a fazer um número musical em alguma cerimônia de abertura de evento esportivo, seria minha escolhida para ser executada ao vivo. Só para citar como consegui associar música e esportes nessa faixa...
7. THE OLD OAK / 8. CROSSING WALLS
Ano: 2021 (composição/gravação/produção); 2022 (lançamento)
Álbum/coletânea/EP: "Infinities..." (2022)
Por que coloquei essas duas faixas juntas? Resposta: ambas pertencem ao mesmo álbum, "Infinities...", inspirado em dois conceitos: morte e renascimento. E cada uma representa um momento do disco: enquanto "The Old Oak" é do bloco mais obscuro, representando a morte, "Crossing Walls" é do bloco mais alegre, simbolizando o renascimento, e ambas me trazem diferentes lembranças.
A ideia para esse álbum me surgiu quando precisei ir correndo ao setor de emergência do hospital da PUCRS devido a uma gravíssima infecção urinária. Quando cheguei para o atendimento, já fui com mudas de roupa, imaginando talvez até ter que ser internado devido a esse problema; e, no momento em que estive lá, me lembrei de outra vez que também andei no hospital, em 2004 (no caso, no Beneficência Portuguesa), por um problema ainda mais sério: síndrome de Guillain-Barrè, que quase me tirou a vida. Partindo disso, comecei a refletir sobre minha própria mortalidade - e isso foi o estopim para o projeto "Infinities...".
Eu já tinha desde a concepção que o disco seria metade dark, metade brilhante. "The Old Oak" é do bloco obscuro e, se traduzir o título para português, o resultado é "o velho carvalho" - para mim, uma clara referência ao meu pai, Carlos Afonso da Silva Carvalho, falecido em 2020. É uma das faixas mais tristes desse disco, pois eu ainda estava bastante abalado com a perda do meu pai, mesmo mais de um ano depois. Uma das minhas irmãs, ao escutar a música pela primeira vez, se emocionou, pois também se lembrou do pai.
Já "Crossing Walls" está em outro clima bem diferente, numa tentativa de representar a ausência de limites físicos no mundo espiritual - o título veio de "atravessar paredes" mesmo, pois paredes não seguram espíritos. Comparando com "The Old Oak", essa faixa é bem mais forte, e ainda foi produzida de forma a ter uma sonoridade etérea e enérgica ao mesmo tempo, conseguida através do uso de modos gregos somado a timbres viajantes de sintetizador e piano com eco. O que me levou a compor essa faixa foi o fato de alguns membros da minha família serem espíritas - não entendo muito disso, só sei que essa foi a motivação que me fez criar uma música desse jeito. Eu quis representar, através dessa faixa, um mundo diferente, num plano superior, e acho que consegui.
Essa é uma música bem curta, que não chega a durar dois minutos, e que consta no meu disco de piano solo, "Intimate". Como o próprio nome diz, pensei nas muitas borboletas que um dia apareceram no jardim da minha casa. A graça, a beleza e a leveza desses insetos coloridos me inspiraram a compor uma música com melodia saltitante, que pipoca notas por todos os lados. Mas devo dizer que gravar essa música não teve nada de simples... Foram necessários muitos, muitos, MUITOS takes, até conseguir chegar ao resultado que eu queria. Como a proposta era gravar esse disco direto em dois canais e sem qualquer tipo de produção posterior (salvo em caso de real necessidade), passei um baita perrengue com esses cerca de dois minutos de música.
Já produzi muito material musical bem complicado, que me fez passar um trabalhão. Mas nada tão complicado como essa faixa... E olha que era só piano...
Essa foi uma música que lancei primeiro no YouTube em 2020 - e fiz essa música com o vídeo em mente: a performance somada a alguns clipes representando insônia e desajuste com a luz do dia, típicos de quem trabalha no turno da noite. Esse foi um raro caso de música composta após a ideia do vídeo - geralmente faço o vídeo depois. Eu tinha o conceito do vídeo em mente, mas ainda não tinha a música; a mesma só surgiu mais tarde, quando, durante o banho (aliás, um grande catalisador da criatividade), alguns acordes me vieram, e tratei de registrar os mesmos de alguma forma.
A música em si não tem nada demais: é uma balada lenta, com melodias improvisadas ao piano, mas também com acompanhamento de bateria eletrônica e pads. O principal elemento aí é o vídeo: capturei a performance e vários outros clipes com um velho tablet Philco, que filmava a apenas 5FPS (!!!). Fi-lo de propósito, para representar a sensação incômoda de quem precisa dormir durante o dia por trabalhar à noite, mas não consegue devido a todo o barulho em volta. Me inspirei em parte no vídeo de "Daysleeper", do R.E.M., para fazer esse trabalho, tendo a mesma ideia de insônia/cansaço. O título foi a última coisa que me veio, após eu ter pensado em vários.
Enfim, eu poderia ficar divagando sobre memórias de cada faixa, de cada álbum/coletânea/EP já lançado, mas vou parar por aqui, senão eu nunca terminaria esse texto... Porque já fiz tanto material musical que nem sei...
A propósito, se você quiser saber mais a respeito do meu material, está tudo no meu site, no Spotify, na Apple Music etc..
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